
Transporte descarbonizado, ciclovias e o pedestre
Há poucas semanas, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, virou notícia ao chamar a atenção do mundo para um problema que só tem aumentado nas cidades: a mobilidade.

O que ela defende é a “Cidade de 15 Minutos”. O conceito prevê uma mudança – nem tão radical, mas que ainda gera alarme: redesenhar o transporte público, a moradia, os empregos e os espaços urbanos.
Na Cidade de 15 Minutos, os trajetos mais curtos se tornam mais ágeis, se você escolher não ir de carro. Para Anne Hidalgo, todos os cidadãos merecem viver sem passar longas horas no trânsito e, claro, gerando poluição.
Biodiesel, biometano, diesel verde
Bem longe da França, aqui no Brasil, o tema tem outros desdobramentos. Montadoras de veículos e produtores de biodiesel travam velha batalha entre economia e meio ambiente.
Ao mesmo tempo em que se encontra nos combustíveis renováveis uma solução para as preocupações ambientais da cidade – o ruído sonoro e a poluição são apenas alguns, o setor automobilístico
questiona os efeitos do biodiesel na estrutura do automóvel e seu suspeito rótulo de combustível limpo.
Em estudo apresentado por nove entidades do setor automobilístico, “o biodiesel nacional, por ser feito à base de éter, se transforma após a queima em um composto poluente”, afirma o documento publicado em março de 2023.
Ainda levanta a bandeira do diesel verde (HVO), que em tese é considerado limpo, mas tem custo de produção bem mais elevado.
Ambientalistas e especialistas no assunto enxergam o movimento como oportunista, já que há desfavor econômico em produzir o diesel verde. A solução das montadoras promove antes um adiamento do problema, ao invés de buscar resolvê-lo, o que pode ser conveniente para o setor.
Fato é que, para uma cidade inclusiva, saudável e verdadeiramente sustentável, é imprescindível priorizar o tema da mobilidade, que não se restringe apenas a carros ou bicicletas, transportes públicos ou individuais.
Para além dos impasses, é urgente que se atue também na ponta: no fomento aos biocombustíveis como o biometano, e na priorização do pedestre e na implantação do transporte elétrico, como está sendo feito em São Paulo.
Eletrificar para descarbonizar
Em novembro de 2022, a SPTrans, companhia que atua na gestão do transporte público de São Paulo, proibiu que as empresas de transporte que operam na cidade adquiram ônibus que não funcionem com energia limpa.

A meta do prefeito Ricardo Nunes é, em curto prazo, eletrificar 20% da frota, o que corresponde a cerca de 2.600 ônibus.
Para a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), as capitais São Paulo, Recife, Curitiba e Niterói possuem bom manejo sustentável do transporte público. Todas possuem ou já iniciaram projetos de eletromobilidade pública, o que ressalta a importância do setor público dar o exemplo.
Neste ano, no Seminário Cidade Bem Tratada, representantes do âmbito público e privado vão discutir, entre tantos outros temas, soluções para a mobilidade, como descarbonização, mobilidade elétrica, ciclovias e ciclofaixas.
Participe!!
Ao final do Seminário, ganhe seu certificado.
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www.cidadebemtratada.com.br
Contato Imprensa
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Pesquisa:
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/03/cidade-que-depende-de-carros-e-coisa-do-seculo-20-diz-prefeita-de-paris.shtml?pwgt=lc1l3rmuocogh9jebyafuazr6xync0ynn0yllankcwrxv3sy&utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwagift
https://clickpetroleoegas.com.br/biodiesel-e-montadoras-duelo-de-titas-esta-dando-o-que-falar-e-gera-polemica-em-torno-dos-veiculosmovidos-a-combustiveis-fosseis/
https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2023/01/16/mais-de-1000-onibus-eletricos-quem-e-a-empresa-que-fechou-contrato-com-sp.htm#:~:text=Desde%20o%20dia%2017%20de,do%20ano%20e%20at%C3%A9%202024.
https://www.sptrans.com.br/sptrans/